Oi, tudo bem?
Estava aqui pensando: houve um tempo em que era necessário desativar conta do Facebook, deletar o app do Instagram e silenciar notificações do WhatsApp e do Twitter para ter um pouco de paz. Esses períodos de “detox” eram sofridos, mas proveitosos; eu sempre voltava um pouco menos dependente do que antes.
Contudo, nem sempre a pausa é voluntária. Por semanas, adiei conferir o que havia de errado com meu celular, cuja bateria só queria recarregar por indução magnética, lentamente. Procrastinei o conserto e fiquei offline de bom grado: li mais e até consegui escrever uma carta para você.
Foi então que o notebook resolveu dar o último suspiro de vida — a bateria arriou de vez — e as coisas ficaram mais complicadas.
Não me importei tanto com o celular porque já tinha começado a me desconectar dele. A metáfora já veio pronta: minha bateria social também tem demorado a carregar nos últimos tempos. Tenho percebido que isso de comunicação em tempo real não é pra mim: para quem já trocou cartas com amigas, esperar dias por uma mensagem não é nada.
Sem computador, contudo, eu não poderia ficar. Para além de ser minha ferramenta de trabalho, não consigo escrever no celular como muitos já se adaptaram a fazer. Meu namorado diz que sou millenial demais para isso. E eu queria escrever para você, então dei o meu jeito. Como o conserto não rolou, estou de note novo.
Pelo menos a ida à assistência técnica serviu para descobrir o problema com o celular: sujeira de bolso na porta do carregador, extraída tão satisfatoriamente quanto nos vídeos de cravos no TikTok.
Agora já estou me habituando novamente ao teclado Qwerty, não mais Azerty, ao Windows, não mais MacOS. Digitar está sendo uma constante troca de A por Q, É por EEEEE, Ç por CCCC, Ã por AAAAAAA. Na próxima, a escrita vai fluir mais, prometo.
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Rolê preferido da semana: não teve outra, foi o brunch com quadrinhos! Li muito, matei a saudade das amigas, comi coisinhas gostosas, voltei com vários livros emprestados.
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Estou assistindo: True Blood. Foram 3 temporadas em uma semana, todas já vistas antes de eu abandonar a série. A partir de agora, estou pronto para ser surpreendido!
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Li: Encaixotando minha biblioteca: uma elegia e dez digressões, de Alberto Manguel (tradução de Jorio Dauster); Megalömania, de Bräo; O jardim encantado onde moram as estrelas, de Brenda Bossato.
Abandonei: Latim em pó, de Caetano Galindo.
Lendo: Três, de Valérie Perrin (tradução de Julia Sobral Campos); Dead until dark, de Charlaine Harris.
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O primeiro de hoje na vitrola: Sour, de Olivia Rodrigo.
Hoje também ouvimos: Guts, de Olivia Rodrigo; Batidão tropical, de Pabllo Vittar; Ultraleve, de Edgar; Corpo sem juízo, de Jup do Bairro.
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É muito bom estar de volta. Desde que enviei a carta anterior não parei de pensar na próxima! Obrigado pela leitura e pelo carinho nos comentários.
Um beijo especial pra Mitie Taketani, minha primeira assinante paga! Agradeço demais!